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12 maio 2012

Eike Batista vai vender participação na EBX


RIO - O empresário Eike Batista anunciou que vai vender uma fatia de até US$ 1 bilhão da EBX,
holding que controla empresas nos setores de óleo e gás, mineração, construção naval e offshore, logística, entre outros. A expectativa do executivo é de fechar o negócio em "63 dias", disse em referência ao seu número da sorte. 



Eike revelou que o negócio deve ser fechado com dois grupos: um americano e outro asiático. Com o acordo, calculou, os novos sócios devem passar a deter, juntos, uma fatia acionária de 2,8% da EBX. Essa é a segunda venda de participação feita pela holding. No fim de março, o empresário vendeu uma parcela de 5,63% da EBX para o fundo Mubadala Development, de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, por US$ 2 bilhões.
Embora o bilionário não tenha informado quais são os grupos envolvidos na negociação, deu uma dica sobre a área de atuação. "A Mubadala deu um carimbo importante para o nosso petróleo. Obviamente, eles estudaram todos os outros negócios do grupo, como energia, minérios. Esses outros dois grupos vão dar um outro carimbo também nessa área", declarou depois de participar de um evento da IMX, empresa de entretenimento da EBX.
A venda de uma fatia adicional da holding já estava no radar de Eike há mais de um mês. Um dia após o anúncio da entrada do Mubadala no capital da EBX, ele disse ter recebido oferta de US$ 1 bilhão, mas comentou que ainda não havia decidido se aceitaria. Na ocasião, o executivo disse ver em fundos soberanos como o Mubadala "uma das maneiras mais diferenciadas" de obter capital.
Em declarações recentes, o executivo tem descartado levar as ações de sua holding à bolsa de valores.
A estratégia definida por ele, por enquanto, tem sido o de realizar operações de oferta pública inicial de ações (IPO, na siga em inglês) das companhias controladas pela EBX.
Hoje, são listadas em bolsa a OGX (óleo e gás), OSX (construção naval e offshore), LLX (logística), MMX (mineração) e MPX (energia). O plano de Eike agora é abrir o capital da CCX (carvão), REX (setor imobiliário) e a AUX (mineração de ouro).
Rock. As informações sobre a venda de uma fatia adicional da EBX foram dadas por Eike em um evento organizado para anunciar a compra de 50% da marca Rock in Rio, de Roberto Medina, pela IMX, sua empresa que atua nas áreas de entretenimento e esportes.
O valor do negócio não foi revelado, mas o presidente da IMX, Alan Adler, diz que é o maior investimento já feito pela empresa, criada há cinco meses.
Eike foi procurado por Medina antes disso, porém como a empresa ainda não havia sido lançada, o negócio não foi adiante na época. O dono do Rock in Rio contratou, então, o BTG Pactual para assessorá-lo na busca por um parceiro.
Mais tarde, com a IMX consolidada, os executivos de Eike procuraram o banco para iniciar as conversas. "Quando criamos a IMX, procuramos o BTG Pactual. Sabíamos que o banco era o procurador dele e começamos a negociação", conta Adler.
Segundo Medina, o objetivo da associação é sustentar o projeto de levar o festival a outros países da Ásia e América do Norte. Ele disse que já está estudando o mercado dos Estados Unidos e de um país europeu, sem dizer qual.
Entre os projetos que planeja executar, Medina também citou e entrada no mercado de moda no ano que vem, a realização de um musical sobre o Rock in Rio e o lançamento de outros produtos. 

PUBLICADO:BLOG FLAVIO CUNHA

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