A busca por investidores que levem à frente projetos do grupo EBX passou a contar com a contribuição efetiva do BNDES, segundo duas fontes que acompanham as negociações. Entre as prioridades, estão o Porto do Açu e ativos da empresa de mineração MMX.
A avaliação é que, com 70% dos investimentos já prontos, o porto pode ser concluído com financiamento do banco, já com novos empreendedores. A fabricante chinesa de caminhões Foton Motors, que anunciou no início do mês o projeto de uma montadora no Rio, tendo como opções as localidades de Seropédica ou Itatiaia, no Rio, pode ter o alvo desviado para o Açu.
Com condições diferenciadas de financiamento, outras duas empresas automobilísticas estariam sendo sondadas.
Outro setor atraente é o da indústria farmacêutica. Já houve tentativas infrutíferas com representantes da indústria de alimentos e de eletrodomésticos da linha branca. Antes da fase mais profunda da crise do grupo X, a área técnica do BNDES estava avaliando um empréstimo de longo prazo para o porto, que teve sua análise suspensa até a definição da situação do empreendimento.
Há um ano, em seu relatório de resultados, a LLX informava que o investimento total estimado para o Superporto do Açu, considerando o acordo para a instalação da Unidade de Construção Naval da OSX, totaliza R$ 3,8 bilhões, dos quais R$ 974 milhões para a LLX Minas-Rio e R$ 2,8 bilhões para a LLX Açu. No BNDES, o Porto do Açu é tido como ativo bom no grupo X.
Mas o projeto, concebido como um polo industrial e não apenas uma zona portuária, tem sofrido com os revezes de Eike. A intenção é só retomar o programa com a certeza de que as áreas serão ocupadas por empreendimentos. O Porto do Açu vai sair sozinho. Não precisa de incentivos, argumenta o secretário estadual de Desenvolvimento, Julio Bueno.
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