A empresa de energia MPX, de Eike Batista, divulgou fato relevante
informando o cancelamento da sua oferta pública de ações e um aumento de
capital privado de R$ 800 milhões.
O empresário Eike Batista renunciou ao conselho de administração da MPX
- empresa de energia com negócios complementares em geração elétrica e
exploração e produção de gás natural na América do Sul - que anunciou,
em nota divulgada nesta quinta-feira (4), um aumento de capital privado
de R$ 800 milhões para reforçar o caixa da companhia em meio a
turbulências enfrentadas no mercado.
"A capitalização contribuirá para fortalecer a estrutura de capital da
companhia, sustentando o desenvolvimento de seu plano de negócios", diz o
comunicado.
Jorgen Kildahl, membro do Conselho de Administração da E.ON e até então
vice-presidente do conselho da MPX, foi indicado como presidente
interino, no lugar de Eike Batista.
“A E.ON agradece a grande contribuição de Eike Batista na MPX,
tornando-a uma das mais atrativas empresas de energia do Brasil, desde
sua fundação em 2001. A partir de agora, a E.ON apoiará o contínuo
desenvolvimento da MPX e a implementação do seu sólido portfólio de
projetos, que desempenhará um papel-chave para a segurança energética do
Brasil”, afirmou Kildahl, em nota.
A empresa informou ainda que vai mudar de nome "para marcar a
importância dessa nova fase". A sede da empresa será transferida para
onde funcionam os escritórios da joint venture entre a MPX e E.ON.
A MPX disse ainda que a companhia se prepara para participar dos
leilões de energia nova do governo federal. Segundo dados divulgados
pela empresa, a MPX opera 1.780 MW em empreendimentos de geração de
energia no país, com mais 1.114 MW em projetos em construção, além de
10.000 MW em portfólio.
Prejuízos
A MPX Energia é a segunda empresa com maiores prejuízos das empresas de capital aberto brasileiras. O resultado negativo passou de R$ 77 milhões no primeiro trimestre do ano passado para R$ 250 milhões no mesmo período deste ano, segundo levantamento da consultoria Economatica realizado no fim de maio.
A MPX Energia é a segunda empresa com maiores prejuízos das empresas de capital aberto brasileiras. O resultado negativo passou de R$ 77 milhões no primeiro trimestre do ano passado para R$ 250 milhões no mesmo período deste ano, segundo levantamento da consultoria Economatica realizado no fim de maio.
No primeiro trimestre de 2013, a empresa mais que triplicou seu prejuízo,
para R$ 250,9 milhões, ante perda de R$ 77 milhões no mesmo período do
ano anterior, de acordo com dados divulgados pela companhia no final de
maio.
Na ocasião, o resultado foi atribuído pela empresa, principalmente,
pela compra de energia para "cumprir as obrigações contratuais de Pecém I
e Itaqui". Os custos operacionais dispararam quase quatro vezes, para
R$ 312,6 milhões, pesando sobre os resultados mesmo após a receita
operacional líquida ter quase triplicado no período, somando R$ 196
milhões.
A empresa também foi prejudicada pelo resultado financeiro, que ficou
negativo em R$ 77,8 milhões, ante R$ 6,2 milhões no primeiro trimestre
de 2012.
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