O Sindicato dos Médicos de Campos (Simec) divulgou ontem duas notas com posicionamentos sobre a prisão do médico Hugo Manhães Arêas, acusado de cobrar consulta de pacientes da rede pública, da decisão do Ministério Público Estadual de fiscalizar a atuação dos profissionais que atendem nos hospitais conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS), com ordem de prendê-los, além de salientar uma possível greve e denunciar que a saúde em Campos é “mentira e caos”.
Representantes da classe médica se reuniram, na noite de ontem, na Sociedade Fluminense de Medicina e Cirurgia (SFMC), para decidir como vão proceder diante dos últimos acontecimentos em relação à saúde no município, mas até o fechamento desta e-dição a reunião não havia terminado.— Fomos ameaçados e colocados como réus à sociedade. O clima está tenso para a categoria, que está trabalhando sob ameaça de prisão, e os pacientes desconfiados — disse o presidente do Simec, Reinaldo Tavares Dantas.
Segundo o diretor do Simec, Ezil Batista de Andrade Reis, a lei federal 12.101/09 assegura 60% do atendimento nos hospitais filantrópicos para pacientes do SUS e 40% para consultas social, particular ou até mesmo plano de saúde.
— A saúde de nossa cidade precisa vencer muitas etapas, como, por exemplo, o não funcionamento do Programa Saúde da Família (PSF), os cortes e atrasos nos pagamentos da re-de conveniada e até a demora em obras de ampliação e adaptação de hospitais e unidades públicas — afirmou Ezil.
Sobre a prisão do ortopedista, a nota diz: “Todos os hospitais conveniados de Campos possuem “atendimento social” (particular) e esta cobrança é feita pela Instituição e não pe-lo próprio colega. Esta forma de atendimento pode gerar desvios no sistema e deve ser reavaliada quanto à sua legalidade. Não entendemos porque os responsáveis pela Instituição não foram arrolados, e só o médico foi responsabilizado. Estamos convencidos que o Dr. Hugo Arêas foi preso devido ao desejo do promotor de aplicar uma medida de efeito pedagógico aos médicos do SUS, conforme suas declarações divulgadas pela imprensa, o que talvez pudesse ser feito de outra maneira, com mais conversa e orientação”.
Está prevista para dia 21, na sede da Prefeitura, reunião entre MPE, município e diretores para acertar transferência de pacientes do Ferreira Machado para rede conveniada.
fonte: folha da manhã
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