O Estado do Rio de Janeiro poderá instituir uma taxa no valor de quatro
Ufir-RJ (cerca de R$ 9), incidente sobre o barril de petróleo, que
poderá render ao estado do Rio R$ 6,9 bilhões por ano.
Esses são os
cálculos do autor do projeto 1.877/12, deputado André Ceciliano (PT),
aprovado nesta quinta-feira (20) pela Assembleia Legislativa do Rio
(Alerj).
O parlamentar admitiu que a regra pode ser uma alternativa caso o
Congresso derrube o veto ao projeto que muda as regras de distribuição
dos royalties e participações especiais, e explicou o conceito da
novidade. “É uma taxa que visa a fiscalizar a produção. É a única forma
do Estado do Rio de Janeiro taxar esta atividade, já que não temos
direito ICMS do petróleo aqui produzido. Ela vem garantir uma receita de
cerca de R$ 7 bilhões para o estado do ano de 2013”, contabiliza,
lembrando que a receita do estado com royalties é de cerca de R$ 3,4
bilhões/ano. A taxa incidirá também sobre a unidade de gás extraído.
Ceciliano explicou que a Taxa de Controle, Monitoramento e Fiscalização
das Atividades de Pesquisa, Lavra, Exploração e Aproveitamento de
Petróleo e Gás (TFPG) tem o objetivo de regular o poder de polícia
conferido ao Estado sobre as atividades citadas, e será exercido pela
Secretaria de Estado de Ambiente. Segundo ele, iniciativas foram
implementadas com sucesso nos estados de Minas Gerais e do Pará “Onde a
maior mineradora questionou judicialmente a constitucionalidade da taxa e
perdeu essa contestação”, ressalta, fazendo menção à Vale do Rio Doce.
O projeto foi aprovado com uma emenda que traz as regras de
distribuição dos recursos entre o Estado e os municípios. Assinada
conjuntamente por Ceciliano e pelos deputados Luiz Paulo (PSDB) e
Clarissa Garotinho (PR), ela define que, do total, 25% serão destinados
aos municípios. Deste montante, 70% será destinado aos municípios
produtores e 30% será dividido entre todos, obedecendo o índice de
participação dos municípios utilizado no ICMS. O fato gerador da taxa
será o momento da venda ou da transferência entre estabelecimentos
pertencentes ao mesmo titular do petróleo ou gás extraído.
O projeto será agora enviado ao governador Sérgio Cabral, que terá 15 dias úteis para sancionar ou vetar o texto.
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