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23 dezembro 2014

Eike pode ser condenado após sonho do Porto do Açu se tornar realidade

 
 
O projeto, que custou R$ 6,3 bilhões (US$ 2,4 bilhões), no estado do Rio de Janeiro, é uma criação do empreendedor mais famoso do Brasil.
O projeto do Porto do Açu, de R$ 6,3 bilhões (US$ 2,4 bilhões), no estado do Rio de Janeiro, é uma criação do empreendedor mais famoso do Brasil, Eike Batista. Enquanto o porto finalmente se torna operacional após atrasos e orçamentos estourados, Eike está ocupado defendendo-se das acusações de insider-trading depois que seu império das commodities entrou em colapso.
O Porto do Açu iniciou as operações em outubro, quando um navio carregado com 80.000 toneladas de minério de ferro partiu para a China de um terminal compartilhado pela Prumo Logística, a empresa que controla Açu, com a Anglo American. Outro navio atracou no mês passado no berço da National Oilwell Varco, maior fabricante americana de equipamentos para campos petrolíferos, enquanto a Technip, com sede em Paris, também amplia uma fábrica de canos flexíveis.
 
Enquanto o porto finalmente se torna operacional após atrasos e orçamentos estourados, Eike está ocupado defendendo-se de acusações de insider-trading
“Essa é uma nova fase”, disse o presidente da Prumo, Eduardo Parente, 43. “Estamos terminando a obra básica da infraestrutura do porto, terminando de equacionar a estrutura financeira, as conversas comerciais estão muito mais simples e já temos as primeiras operações”, disse ele, em visita ao porto neste mês.
Açu, que significa “grandioso” em tupi-guarani, compreende dois terminais ao longo da costa de São João da Barra, a cerca de 320 quilômetros a noroeste das famosas praias do Rio. O empreendimento, que ocupa cerca de 90 quilômetros quadrados, comercializa sua proximidade com os campos de petróleo da Bacia de Campos, fonte de cerca de 80% da produção do Brasil, para possíveis clientes.
Após perder cerca de US$ 30 bilhões de sua fortuna pessoal, o envolvimento de Eike com o Porto do Açu foi reduzido para uma participação minoritária. Sobrecarregado por dívidas e pela falta de capital para concluir seus projetos, no ano passado ele entregou o controle à EIG Global Energy Partners, o fundo de private-equity de US$ 15 bilhões com sede em Washington, que agora possui quase 60% da Prumo. A escala e as ambições do empreendimento também mudaram.
Quando Eike Batista iniciou a construção, em 2007, ele previa que o superporto seria a peça central que integraria seus empreendimentos de petróleo, logística e commodities. O projeto de Eike para Açu incluía um complexo industrial com montadoras e usinas siderúrgicas, além de um centro urbano anexo chamado de cidade “X”. Ele usava a letra X nos nomes de suas empresas porque dizia que a letra simbolizava a multiplicação da riqueza.
O porto seria o maior das Américas e estaria entre os três maiores do mundo, dizia Eike, incansavelmente, em seus discursos, com o terminal de minério de ferro inicialmente projetado para iniciar as operações em 2010. O projeto foi mostrado de helicóptero a jornalistas para que eles pudessem apreciar melhor sua magnitude.
“Vai se tornar a Roterdã dos trópicos”, disse ele, em uma mensagem em sua conta no Twitter em março de 2013, comparando o empreendimento com o porto de maior movimentação da Europa.

O empreendedor, cuja participação na Prumo será reduzida para menos de 10% por não conseguir participar de um aumento de capital, no mês passado foi à primeira audiência de um julgamento histórico no Brasil sob a acusação de insider-trading e de manipulação de mercado. Uma segunda sessão, originalmente programada para 17 de dezembro, foi adiada para o início do ano que vem, de acordo com o tribunal que está julgando o caso. Eike não respondeu a um pedido enviado por e-mail para comentar sobre o Porto do Açu.
A Prumo adotou uma postura mais conservadora para focar na entrega do porto e atrair clientes, em um momento em que as ações são negociadas a um valor próximo ao seu nível mais baixo desde 2008. A grandiosa cidade “X” de Eike e o centro siderúrgico, industrial e do cimento que ele previa foram descartados.
A empresa espera concluir a instalação dos 47 blocos de concreto necessários para o terminal 1 até abril e dos 42 blocos para o terminal 2 até julho. As unidades da Edison Chouest Offshore International e da Wartsila Oyj deverão começar no primeiro semestre de 2015. A Prumo também espera uma joint venture com a BP Plc para estabelecer um empreendimento de armazenagem e distribuição de combustível marítimo com início das operações no segundo semestre do ano que vem.
“Esse projeto ganhará força agora que entra na fase operacional e que as empresas estão estabelecendo suas bases”, disse Wagner Victer, que desenvolveu o porto-conceito originalmente em 2000, antes de apresentá-lo a Eike Batista quando foi secretário de Energia do Rio. “Ele se tornou realidade mesmo com todas as dificuldades e atrasos óbvios em projetos dessa magnitude”.
fonte:infomoney

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