SÃO JOÃO DA BARRA é peça-chave em projeção do Estado

     O Rio de Janeiro busca a posição de maior produtor siderúrgico do país, com expectativa de dobrar sua capacidade, que hoje é de 14,77 milhões de toneladas de aço por ano, até 2020 e uma das apostas é a instalação de duas siderúrgicas de grande porte no Distrito Industrial de São João da Barra, que deverá gerar cerca de oito mil empregos na construção e entre quatro e seis mil vagas na operação. Os investimentos no setor somam mais de R$ 23 bilhões em quatro projetos no estado.

De acordo com a secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, a produção de aço será alavancada com base nas previsões de investimentos do setor privado necessários para desenvolver as atividades ligadas à construção civil, naval e para a implantação da infra-estrutura do pré-sal.

O maior empreendimento no setor é a siderúrgica da Ternium Techint, grande produtora de aço plano do país, que será instalada no Complexo Industrial do Açu. A usina, que tem capacidade para fabricar 5,6 milhões de toneladas de placas de aço por ano, deverá receber investimentos de R$ 8 bilhões. A Ternium também prevê novos projetos em sua segunda fase, que vão aumentar a capacidade de produção fluminense. O outro projeto foi anunciado pela estatal chinesa Wuhan Iron and Steel (Wisco) e o Grupo EBX, e deve ser entregue em três anos com recursos de US$ 5 bilhões.

Os novos empreendimentos deixaram São João da Barra e outros municípios da região otimistas com a possibilidade de desenvolvimento. Entre os benefícios esperados pela cidade que abrigará as indústrias está a geração de novos campos de trabalho e o crescimento da arrecadação municipal. “Essas siderúrgicas vão fornecer matéria-prima para vários setores da indústria, como automobilístico e naval, e representarão um grande salto para o município, que passará a ser responsável por uma boa parcela da produção de aço do estado”, destacou a prefeita Carla Machado