A menos de três anos para a Copa do Mundo do Brasil, a Secretaria estadual de Segurança Pública do Rio de Janeiro anunciou, nesta quinta-feira (1º), o início dos testes do sistema de detecção de tiros na Zona Norte. Segundo a secretaria, o modelo, conhecido como ShotSpotter, é o mesmo usado pelo FBI nos Estados Unidos.
Os testes acontecerão entre os dias 5 e 7 de dezembro, na região da Tijuca, Maracanã, Vila Isabel e Andaraí. De acordo com o governo, por medida de segurança as áreas serão interditadas.
O coronel George Freitas de Souza, superintendente de Monitoramento e Sensores da Secretaria, explicou que os testes de calibragem são necessários para determinar a “assinatura acústica” dos diferentes tipos de calibre em ambiente urbano real, o que, segundo ele, permitirá a identificação do tipo de arma que efetuou o disparo, juntamente com sua localização.
“O sistema vai dar uma resposta adequada e rápida das ocorrências, permitindo a captura dos criminosos, o socorro imediato das vítimas, um ganho útil de 15 a 18 minutos para o despacho de uma viatura, fornecer informações imediatas da ocorrência e também vamos evitar os falsos alarmes”, explicou ele.
Mais de 70 sensores sonorosO novo sistema de detecção de tiros do Rio funcionará com mais de 70 sensores sonoros camuflados em diversos pontos da Zona Norte. De acordo com o coronel George Freitas, tão logo um tiro de arma de fogo ocorra na área monitorada, o sistema será capaz de localizar o ponto do disparo, com uma margem de erro de 10 metros.
As informações serão enviadas à central de comando, que será montada na Secretaria de Segurança, em cerca de seis segundos. No entanto, o coronel George Freitas ressaltou que o sistema ainda passará por uma série de ajustes até a inauguração, que deve ocorrer logo após o carnaval de 2012.
“Nós teremos 65 pontos, numa cobertura de 6,2 quilômetros quadrados. Esse é apenas um projeto piloto, não necessariamente esses bairros serão contemplados com o novo sistema. Nós teremos ainda o treinamento dos operadores e comandantes das unidades, que aprenderão o sistema”, disse o coronel.
Sistema também será capaz de identificar explosões
Além dos tiros, o sistema também será capaz de diferenciar os disparos de sons similares, como fogos de artifício, escapamento de veículos, helicópteros e explosões: “Nós temos ainda muito que aprender com esse sistema para que no futuro a gente possa saber diferenciar esses estampidos”, explicou o coronel.
Além dos tiros, o sistema também será capaz de diferenciar os disparos de sons similares, como fogos de artifício, escapamento de veículos, helicópteros e explosões: “Nós temos ainda muito que aprender com esse sistema para que no futuro a gente possa saber diferenciar esses estampidos”, explicou o coronel.
Ele adiantou ainda que os testes vão causar um desconforto aos moradores, e pediu desculpas antecipadamente: “É importante que todos entendam esse momento. Vamos estar usando policiais especialistas em armamento de tiros. A ação vai contar com policiais do 4º BPM (São Cristóvão) e 6º BPM (Tijuca)”, disse o coronel.
Além do Estados Unidos, a tecnologia ShotSpotter também já é utilizada pela Grã-Bretanha desde 2008, em cidades como Londres e Manchester, e nos cenários de guerra do Afeganistão e do Iraque. No Brasil, a única cidade que já possui o sistema é Canoas (RS). Desde a sua instalação, a polícia gaúcha já registrou queda de 41% dos crimes.
fonte: G1
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