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02 fevereiro 2015

"Porto do Açu é parte da solução da crise da Petrobras"




 A americana Edison Chouest, do segmento marítimo, cravava as primeiras estacas para a construção de sua base de apoio no Terminal 2, que abriga empresas da cadeia de óleo e gás. A área molhada do Terminal Multicargas está pronta.
A Prumo busca contratos para movimentar ali contêineres e cargas de bauxita e coque a partir do terceiro trimestre. Seis mil pessoas, segundo a Prumo, trabalham nas obras do Porto ou de algumas das nove empresas instaladas no local. Juntas, considerando o aporte da própria Prumo, elas já investiram 6,2 bilhões de reais no complexo.

O executivo evita mostrar apreensão com o futuro do porto que, em suas palavras, é parte da solução da crise da Petrobras. O Açu fica a 128 km da Bacia de Campos, mais perto que Macaé (190 km) e Niterói (230 km). Com uma base ali, a estatal pode reduzir custos com diesel e barcos de apoio. Parente admite, porém, a importância de atrair novas empresas o quanto antes. Uma vez por semana ele leva potenciais investidores ao Açu. Ter mais contratos facilitaria a negociação para alongar a dívida com o BNDES. São 2,8 bilhões de reais aprovados, dos quais a Prumo ainda pode receber 500 milhões de reais.
Apesar do cenário, a ordem é terminar até abril a dragagem e a construção do quebra-mar dos terminais 1 e 2. No primeiro, funciona o mineroduto da Anglo e cinco navios já atracaram. No segundo, operam as fornecedoras do setor de petróleo Technip, NOV e Intermoor. Além delas, a finlandesa Wärtsila e a Edison Chouest pretendem iniciar operações neste semestre. Marca Ambiental e Vallourec também já alugaram áreas no local.
A ideia original de transformar o Açu em um complexo industrial diversificado está mantida, mas é projeto para 20 anos. Na entrada do porto, placas da antiga LLX indicam onde ficaria o polo metalomecânico. No projeto de Eike, o Açu teria as siderúrgicas Wisco e Ternium, que não vingaram. A térmica da Eneva (ex-MPX) ficou para trás com as dificuldades financeiras da empresa. A chinesa JAC Motors acabou indo para a Bahia, mas atrair uma montadora continua no radar.
A Prumo conversa com elétricas que entrarão no leilão A-5 este ano e com incorporadoras. O objetivo é construir um condomínio no entorno do porto, com shopping, hotel e um prédio comercial.

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